O que é Dependência Química? Você precisa saber o que fazer

Infelizmente, sabemos dos efeitos devastadores que as substâncias químicas trazem na vida dos usuários e de seus familiares. Se você tem se sentido acorrentado pelo uso de alguma substância ou se é familiar de alguém que tem apresentado comportamentos de dependência, esse texto irá te ajudar. 

Eu vou esclarecer esse tema, e explicar o que é Dependência Química, como o dependente se comporta, sintomas e o que fazer quando detectar este comportamento. 

A notícia boa é que sim, é possível se libertar da dependência. Então comece se informando! Continue a leitura para dar esse primeiro passo!

Desmistificando o que é Dependência Química

A verdade é que o uso intensivo e ao longo prazo de substâncias químicas, como drogas, bebidas, cigarros e até mesmo calmantes e medicamentos provocam uma alteração no estado mental do dependente. E ainda mais, está associado com mais de 200 problemas de saúde, e alguns podem levar à morte.

Por isso, a dependência química é considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde que afeta tanto a saúde mental, emocional e física do indivíduo. 

Assim como ele se torna um grande risco para a sociedade devido ao comportamento violento e a causas de acidentes. 

Tendo isso em mente, saiba que um dependente de substâncias químicas está doente. E não, não é falta de força de vontade.

O ciclo do dependente químico -  como ele se comporta

Para exemplificar como um dependente químico se comporta, eu vou te contar a história do João Pedro, nosso personagem de hoje. 

Ele é jovem, de 21 anos, tem uma família de classe média, fazendo faculdade e iniciando em um bom trabalho. João Pedro começou a desanimar com a faculdade. Sua namorada terminou com ele e o emprego é legal, mas o chefe pega no seu pé. 

Para lidar com toda essa pressão, ele começou usar drogas para aliviar a tensão e aí ele entrou no ciclo…

A fase do “estou bem”

Na primeira fase, João Pedro sentiu que o seu corpo estava adquirindo um certo tipo de tolerância à droga. Isso dava a ele uma ideia de certo controle sobre a situação, ele se sentia bem. 

Com isso, ele sentiu que precisava de doses maiores, pois só assim ele iria alcançar os mesmos efeitos de quando iniciou o uso.

Tentativa de manter sua vida social

Por causa dos efeitos da droga, João Pedro começou a ir mal na faculdade e a faltar no trabalho. Depois de uma advertência da empresa, decidiu parar com o uso. Só que aí iniciou os sintomas da abstinência. 

Ele ficava irritado, não conseguia dormir, suava muito, tinha náuseas, sentia dores e tremia demais. Como ele queria se sentir bem, acabou usando a droga novamente para se controlar.

Quando era questionado de suas atitudes, ele mentia e tentava enganar as pessoas com desculpas. 

A droga passou a ser sua vida

Chegou um momento em que tudo que João Pedro pensava ou buscava era a droga. Ele já não se importava com o que a sua família iria pensar, nem mesmo com o seu emprego. 

Ele até queria parar, mas parecia impossível. Foi assim que perdeu o controle total da situação e começou a usar a substância química cada vez mais.

A hora que a casa cai…

A situação na casa de João Pedro começou a ficar insustentável. Ele saiu da faculdade e perdeu o emprego, já que ele ficou vários dias sem aparecer no trabalho. Ele mentia para seus pais e começou a roubar, pois já não tinha fonte de renda.

A família, que já estava sofrendo, teve que tomar a difícil decisão: “”Precisamos interná-lo”.

Tentativa de recuperação

João Pedro reconheceu que precisava de ajuda e que não estava bem, por isso aceitou ficar internado. Depois de 1 ano sendo acompanhado por profissionais em um ambiente longe de tudo, ele se sentia bem para voltar para casa e seguir com a sua vida.

A volta para casa

Ao voltar para sua casa, sua família o acolheu bem porque acreditavam que ele havia mudado.

João Pedro tentou recomeçar, mas logo começaram as dificuldades em casa e a pressão de voltar a uma vida normal. Ele acabou encontrando os “amigos” de antes, que também são dependentes.

Não demorou muito para João Pedro voltar a usar drogas e iniciar o ciclo tudo de novo.

Um resumo sobre o comportamento do usuário

O comportamento que vimos de João Pedro é bem comum entre os dependentes químicos. Geralmente eles entram nesse ciclo e chegam a ficar 5, 10 15 ou mais anos entre internações e recaídas.

Então só para resumir, os comportamentos mais comuns são:

• Tolerância: o corpo tolera as substâncias e começa a demandar mais;

• Sintomas de abstinência: irritação, insônia, tremores, dores musculares, náuseas e vômitos;

• Perda de controle: o indivíduo já não consegue mais parar o uso;

• Uso das drogas como prioridade: o uso das substâncias fica acima das suas responsabilidades sociais, familiares e profissionais;

• Consequências negativas: problemas de saúde física e mental, complicações financeiras, familiares e legais.

Estou ou conheço alguém que está em dependência química, o que fazer?

Agora que você sabe que dependência química é uma doença, é preciso lembrar que o tratamento é uma grande batalha e dificilmente um dependente consegue sair da dependência sozinho. 

O melhor caminho é buscar uma ajuda especializada. Geralmente, para o tratamento é possível recorrer à psicoterapia. Entre os métodos mais comuns estão: psicanálise, terapia cognitivo-comportamental, terapia em grupo ou ocupacional. 

Embora a terapia seja um passo importante, o tratamento vai depender de cada paciente, levando em consideração sua realidade e necessidades. Em alguns casos, pode ser necessário recorrer a um psiquiatra, unidades especializadas e internamentos. 

O fato de você se informar já é um primeiro passo! Eu também fiz esse guia com mais informações sobre o tema. Clique aqui 👉🏻: Um guia completo para se libertar da dependência química

Espero que esse texto tenha respondido as suas dúvidas, e caso queira dar um passo a mais, é só entrar em contato e agendar uma conversa!