Dependência Química e os tratamentos que recuperam a vida!

Quem sofre com entes queridos dependentes de substâncias pode se perguntar se a dependência realmente tem uma cura. Embora esta seja uma doença crônica, felizmente podemos contar com diferentes tipos de tratamentos para dependência química. 

Há diferentes abordagens a fim de ajudar o indivíduo a entender padrões que o levam ao consumo e a superar os obstáculos que surgem durante o desafio de recuperação. 

Vamos discutir neste artigo os diferentes tratamentos existentes  e suas fases, e por fim, falar um pouco sobre o papel do psicólogo para tratar a dependência. Não deixe de ler até o fim para melhor entendimento sobre o assunto. 

O que pode influenciar na reabilitação de um dependente

Antes de tudo, é importante entendermos o que influencia no processo de reabilitação de dependente químico. 

A Fiocruz no Brasil realizou um estudo que mostrou que cada dependente tem uma relação com as substâncias químicas e, com isso, cada um vai apresentar necessidades diferentes. 

Em outras palavras, é preciso considerar a quantidade de substância e o nível de toxicidade no organismo, bem como os seus impactos na vida do indivíduo. 

Nesse sentido, cabe ao profissional analisar caso a caso e indicar qual o tipo de intervenção é a mais adequada. Lembrando que o tratamento de dependência química muitas vezes é mais complexo do que o imaginado, devido aos efeitos. 

Quais são os tratamentos existentes para Dependência Química? 

A reabilitação de usuários de substâncias químicas tem várias fases que, como já mencionado, vão depender do estado e necessidade do indivíduo. Vamos entender cada uma delas.

Desintoxicação

Praticamente todos os dependentes passam por essa fase inicial. É quando eles enfrentam os sintomas de abstinência por buscarem diminuir o consumo, até que o seu organismo tenha condições de ficar totalmente sem a substância. 

Esse é um processo que, infelizmente, é doloroso devido aos sintomas da abstinência. Por isso é necessário que essa fase seja administrada com o acompanhamento intenso de um médico e um terapeuta, para reduzir os sintomas. 

A desintoxicação pode levar de 20 a 45 dias, sendo muito importante que o dependente tenha o apoio da família e amigos. Só assim ele irá se fortalecer e superar essa fase, para assim poder iniciar as próximas etapas do tratamento. 

Suporte psicológico

É comum os dependentes desenvolverem um padrão de comportamento onde ele sente uma compulsão forte e repetida para consumir uma substância. É o que chamamos de comportamento aditivo. 

O trabalho de um psicólogo em um tratamento é identificar esses padrões e gatilhos que levam a esses comportamentos. Com isso, o profissional ensina o paciente ou o acolhido estratégias para que ele possa lidar com essas situações e reduzir a probabilidade de recaídas.  

O trabalho de aconselhamento é fundamental para evitar comportamentos de risco à saúde e preservar a saúde mental e emocional do paciente. 

O profissional também pode detectar outras necessidades do acolhido e ainda detectar se foi algum trauma foi desencadeado, transtorno mental ou quadro emocional devido ao uso de substâncias.

Algumas das abordagens que podem ser usadas:

• terapia cognitivo comportamental;

• psicanálise

• Gestalt.

São métodos diferentes, mas que contribuem com o cuidado dessa doença crônica. Assim como, o tratamento pode ser individual ou em grupo, podendo até mesmo combinar  2 tipos para alcançar um melhor resultado.

Uso de medicamentos

O ideal é que o indivíduo em tratamento seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar,  como: psiquiatras, médicos, psicólogos, assistente social, etc.

É a equipe que fica responsável por orientar os tipos de intervenções e quais medicamentos devem ser ministrados. 

Os médicos e psiquiatras escolhem o medicamento de forma criteriosa e o uso deve ser  monitorado pela equipe responsável, pois só assim evita-se um abuso de consumo. 

A administração de medicamentos é necessária para evitar a síndrome da abstinência, porque é comum o organismo do intoxicado pedir uma substituição de substâncias. Do mesmo modo, pode ocorrer a prescrição de analgésicos para reduzir dores de cabeça e no corpo. 

Ainda que pareça estranho trocar uma substância por outra, o medicamento acaba servindo como apoio psicológico, no controle da ansiedade, a fim de se evitar mudanças no humor.

Internação

Essa não é uma fase obrigatória, vai depender muito do caso. Vale lembrar que para a internação, o ideal é que seja consentida pelo dependente. 

Contudo, há situações extremas que permitem que a internação seja compulsória, mas o indicado é que essa decisão seja tomada por familiares junto a especialistas. 

A internação, sobretudo, acontece quando a pessoa já não tem condições de superar a dependência sozinha. Visto que o objetivo é mantê-la afastada de ambientes e pessoas que a estimule a usar drogas. 

Quanto tempo dura um tratamento para dependentes químicos?

A verdade é que não há um tempo determinado para finalizar um tratamento, isso porque a duração varia de acordo com alguns fatores, como: 

• nivel de dependencia;

• estágio de toxicidade do organismo;

• e perfil psicológico do paciente.

Além disso, é possível que no decorrer do processo o paciente apresente outras doenças mentais associadas ao uso de drogas. 

Se isso ocorrer, o psicólogo buscará tratar a causa e ajudar o indivíduo a resolver essas questões associadas. 

Uma vida saudável é possível com a ajuda de profissionais

O fato de alguém estar dependente não quer dizer que essa pessoa entrou num caminho sem volta. Existem tratamentos e redes de apoio para acolher essas pessoas. 

O importante é contar com ajuda profissional e entender que o papel de um psicólogo é de grande valor para oferecer suporte emocional, orientação e maneiras práticas de lidar com os desafios para superar a dependência. 

Com apoio de profissionais, amigos e família, viver uma vida saudável e significativa não é um sonho distante. Acredite nisso!

E caso precise de um profissional para lidar com esse processo, é só entrar em contato e agendar uma conversa. 

Se esse conteúdo foi útil para você, não deixe de compartilhar com aqueles que precisam ler essa informação!